sexta-feira, 17 de outubro de 2008

AH AH AH Parte II

Riso. Do princípio ao fim, intercalado com momentos de paragem cerebral e de concentração no estado (cheio) da minha bexiga.

Bem mas está feito. Não começou muito bem até porque estou enferrujadíssima com cálculos e matemáticas, mas isto inventa-se um bocado e assinala-se uma resposta (provavelmente errada!). Acabou com o Inglês que me dá sempre um gosto especial, principalmente quando é feito através de um gravador do século passado (sendo só uma das maiores empresas informáticas do mundo é realmente irónico).

Éramos cerca de 20 pessoas na sala e, tirando o grupinho do curso, eram basicamente pessoas carrancudas, cansadas, nervosas. Daquelas 20 pessoas hão-de passar poucas que se terão de deparar com uma entrevista de, pelo menos, 2horas.

Se passar logo me preocupo, agora tenho problemas de maior dimensão. E continuamos a rir-nos.

Bom fim-de-semana, pessoas!

Charope azedo.

Sim, as sexta-feiras costumam ser dias de alegria e sei lá mais o quê. Mas a minha não foi, esta não. Apesar de grande parte do dia ter corrido sem sobressaltos, o fim da tarde custou. Obrigado ao papá que mandou mail super-motivador e isto não lhe retira importância alguma.

Não obstante, ao fim da tarde a minha orientadora e a nova colega estiveram a rever os textos que tinha feito e eu juntei-me a elas. E senti-me pequenina, mesquinha até. Erros de palmatória, palavras mal colocadas...etc. E custou. É tão simples quanto isto.
E eu sei que tenho que aceitar críticas (claro!) e ver nisto oportunidades de melhorar. Eu faço isso, aceito tudo com naturalidade e vontade de aprender. Engulo o que for preciso, mordo a língua porque sei que sou "verdinha". Mas não é isso que me faz sentir menos mal comigo própria.

Hoje foi um dia que custou... como engolir charope azedo.

Dia 29

Apercebi-me hoje que isto de colocar os dias aqui em cima não resulta muito bem, porque conto apenas dias úteis o que faz com que no final sinta que não foram bem seis meses de estágio e tal e coiso. Mas como sou um bocado neuróticazinha, agora não me apetece mudar esta rotina de títulos (que sempre foi das coisas que mais me custa escolher), por isso, mal ou bem, assim será.
É com alegria que grito SEXTA-FEIRA!!! Esta foi uma semana terrivelzinha, com as procuras de casa. Primeiro porque fui de Belém até... não sei o nome, mas bem, uns km à frente, de caderno com contactos numa mão, telemóvel na outra, casaco à cintura, e ténis de montanhismo, olhando para os prédios à procura de placas "Aluga-se" ou "Arrenda-se". Zero. Mas...
É com alegria que grito TENHO CASA!!! É verdade, foi desta. Qual não é o meu espanto ao verificar que a resposta estava mesmo na rua do lado (neste caso, na de trás). Um amoroso, pequeno, quentinho, económico (como resultado do 1º adjectivo) t2!!!
Agora sim, posso descansar. Para a semana volto com mais aventuras.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

hip hip hip

Foi um dia normal. Textos, headlines e quê. Nada demais.

Voltámos a ouvir os Abba na BSO do Mamma Mia e apercebi-me que eles até nem são nada repetitivos nos nomes das canções, senão vejamos:

♪ Honey, Honey
♪ Money, Money, Money
♪ Gimme! Gimme! Gimme!
♪ I Do, I Do, I Do, I Do, I Do
♪ On And On And On
♪ Ring Ring

Acho que nem há muito a comentar...

Posto isto, dei conta do rumo que os meus trabalhos vão acabar por tomar: cada vez mais jornalísticos. Ironia do caraças, porque eu era aquela pessoa que sempre rejeitou a perpectiva de vir a ser jornalista. E agora até acreditação(cartãozinho a dizer press) tenho. Mas pronto não ha-de ser nada de grave e confio que haja sempre trabalho publicitário.

Ao fim da tarde fizemos um brainstorming sobre a exclusividade, como tema para a próxima edição da revista de um dos nossos clientes, e depois de jantar tive um gigante ataque de soluços. E posso garantir: não é nada fácil manter uma conversa com soluços regulares, muito menos ao telefone.
Enfim. Sobrevivi e agora vou dormir, até amanhã!

AH AH AH

Quando pensava que já tinha tudo decidido na minha cabeça surge mais um daqueles telefonemas matutinos a dar-me a volta. "Está disponível para passar cá amanhã?" ("Oh filho, estou completamente disponível para entrar DE NOVO em parafuso" - aliás a melhor expressão para caracterizar o meu estado psíquico).
Amanhã tenho de provar que sou uma pessoa sã, lá me vão medir sob variados padrões enquanto eu tento ser coesa. Bem, a minha opção é mesmo fazer aquilo na desportiva, mesmo que seja das melhores oportunidades na área.
Juro que só me apetece rir de todas estas situações. E há melhor remédio? xD

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Hidden Tracks

Hoje ouviu-se a banda sonora do filme Mamma mia lá na penthouse. E foi numa das músicas que descobri uma coisa, até comum, mas que me chateia um bocadinho.
Ora vejamos: normalmente lemos o nome das músicas e ficamos tentados a ouvi-las ou com uma ideia do assunto que estas tratam. Para mim é para isto que servem os nomes das músicas: levar as pessoas a ouvi-las, efectivamente. Nada mais. Mas desconfio que há conspirações escondidas nestas denominações.
Pessoalmente, não me importo com spoilers e costumos interiorizá-los como teasers e não suspresas estragadas. E nas músicas existem as músicas escondidas, normalmente assinaladas no próprio nome da música! E eu pergunto:

Porque raio existem as chamadas
HIDDEN TRACKS?

Para quem não conhece este fenómeno, eu explico: as hidden tracks são músicas inseridas na faixa de outra música, que começam a tocar aproximadamente 1 min depois da outra música ter acabado. Resultado: ficas um minuto em silêncio à espera da super misteriosa hidden track! Que muitas vezes não tem nada do outro mundo, é só mais uma. Portanto, quem me quiser explicar a funcionalidade destas músicas: be my guest.

Enfim, isto num dia em que num texto que chegou para ser trabalhado versava a seguinte frase: "Não deixe levantar fervura, depois de desfiado leve ao lume e deixe levantar fervura..." E agora?

Pois é, eu optei por deixar levantar! Vamos lá ver...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Dia 26

Hoje fiz o horário das 07h. Foi excelente. Era a única estagiária, a boss do Online ia-me enviando tudo e nada teve a apontar. Escrevi que me fartei. Certo é que muita coisa é adaptar da Lusa, mas ainda assim, fazer dezenas e dezenas de notícias, trabalhar com photoshop, clipedit (por muito básicos que sejam) dá uma estaleca à qual não nos habitamos na faculdade. Ante-título, Título, Lead, Notícia, é um gozo fazer tudo isso. Para além disso, a minha cabeça tem estado, naturalmente, ocupada com a questão da casa. Hoje fui ver com a minha irmã uma casa perto do estágio para a qual estava inclinada. Descubri afinal que é um convento. Para além de não podermos furar a parede (nada nadinha nicles batatóides pendurado, colado nas paredes), o senhorio mora na porta ao lado, aparece por vezes lá em casa ("-Mas avisa antecipadamente?" "-Sim, sim, claro, toco à campainha"). De todas, faltava a mais absurda. Namorados? Podem cá passar a noite. MAS com aviso prévio e pagamento de 7,5€ por noite de estadia. Ora, diz que não quero pagar para viver subjugada às ordens de um tetravô. Próxima.

1ª tentativa

Não, a sério, ponha o dedo no ar quem esperava que eu conseguisse à primeira... Acho que nem eu...
.
Demoro a adaptar-me às pessoas e aos locais, e nesta primeira tentativa de estágio (chamemos-lhe assim) apanhei uma empresa em mudança, cheia de tensões internas, onde considerei que o que me propunham não me preenchia em termos de novos conhecimentos. E é provável que seja também culpa minha por não me ter perguntado se me encaixava ali.
Serviu ao menos para ver como funciona a dinâmica empresarial, e ver também como se gerem os já referidos ódios de estimação (uiiii e como as recepcionistas/vigilantes/secretárias têm acesso a toda a informação e sabem tudo). Foi uma estadia curta, onde aprendi muito pouco em termos concretos mas que me serviu para iniciar nesta vida adulta de trabalhadora, e perceber que ATÉ sou pontual (yey!). Decidi partir para outra, continuar a tentar procurar algo que me preencha mais, mesmo sabendo que é difícil. Nem todos nos podemos dar ao luxo de trabalhar onde gostamos, mas hei-de chegar lá (hey sonhar nunca me custou muito...).
Situações engraçadas não tive muitas, umas quantas private jokes e quê, uns stresses para arranjar pessoas à última da hora que às 17h da tarde atendiam o telemóvel com uma indiscritível voz de sono (como os compreendo!).
Bem, resultado: voltei ao turbilhão das entrevistas, ao stress de não saber se devo escolher pela remuneração, pelo currículo, pelo gosto pessoal, pelo local, pelo sei lá eu o quê. Isto de não se saber o que se quer fazer do futuro é tramado, não posso responder à pergunta "o que te imaginas a fazer nos próximos 5anos?". Aguardam-se mais notícias e mais stresses.

Já viram a lua?

A lua hoje está linda! Mas vamos ao que interessa (ou não)...!

Ontem à tarde a máquina de café avariou, resultado: hoje de manhã foi o pânico. "O quê? Não há café? Não pode ser, eu preciso de café!" e entre gargalhadas quase forçadas ouvia-se "Epah não dá, a agência tem que fechar!" E eis que alguém se lembra: "Espera lá, no editorial [sotão/penthouse se faz favor!] há uma máquina de café!" e era ver as excurssões ao café! Passada a café crisis, o dia de trabalho foi relativamente sossegado.

Esqueci-me do almoço em casa e fui almoçar a um bar na praia com uma colega, é absolutamente fantástico trabalhar perto do mar. Depois a tarde foi puxada mas passou-se bem. Eram já as suas 17h15 quando descubro um grupo musical meu conhecido no público do itunes da empresa: Wordsong...er, eu já vi um concerto e...bem, foi uma noite e tanto: é o que tenho a dizer, mas lembrei-me desses momentos e não pude evitar sorrir!

Descobri hoje também, que é fantástico rir: gargalhar mesmo. Com direito a lágrimas e a quase nos engasgarmos. Estava já a terminar o último texto do dia, era sobre ecologia e uma das sugestões era "utilize velas para a iluminação de natal - reduz o consumo energético" e eu resolvi fazer a piadinha, li em voz alta: "utilize velas para a iluminação de natal e pegue fogo ao seu restaurante, reduz o consumo energético e aumenta o trabalho aos bombeiros!" mal eu sabia o cataclismo que isto iria provocar. Isto levou a mais piadas e a suposições de situações parvas que pura e simplesmente fazem rir. E não acreditem quando vos disserem que o riso não é contagiante: é e muito! Mas soube bem ficar cansada assim.

E apesar de tudo, hoje saí cedo! Amanhã já há trabalho à espera, mas nada de grave, pode esperar!

E já viram a lua?

Dia 26

E nada como ver um miúdo com a minha idade, deitado em posição fetal, no frio chão do Cais do Sodré, quando pouco passam das 06 da manhã, para relativizar bastante os meus problemas em encontrar nova casa para morar.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Dia 25

Caros leitores e amigos, peço desculpa pela minha ausência tendo certeza, contudo, que me desculparão. Perante adversidades da vida vi-me "obrigada" a procurar um novo lar (fartei-me de dar dinheiro ao meu senhorio idiota) e procuro agora novo local onde me estabelecer. Como imaginam, encontrar casa em Lisboa, a preços razoáveis, sem que pingas das primeiras chuvas invernosas me caiam na testa, não é nada fácil. E é assim que tenho passado os meus dias, entre telefonemas e visitas a lares alheios. Para além disso estou a aprender aqui o online e embora não seja difícil, é um pouco mais metódico e jornalístico que a agenda, logo, demora um pouco mais a habituar. Mas está a correr bem, não se preocupem. Por agora, estou offline.

Aqui na rádio

Finalmente cheguei! Sem grandes interlúdios, digo-vos que, a partir de agora, estou aqui para vos contar alguns dos episódios que tenho vivido enquanto (digno) estagiário, aqui pela rádio.
Começo por este: era sábado e corria-se a quarta etapa da Volta e Portugal em Bicicleta, com chegada à Torre, na Serra da Estrela. A tirada foi ganha por Rui Sousa, da equipa Liberty. Ora, aqui o vosso amigo, que até não é completamente ignorante no assunto, e sabendo perfeitamente de que equipa se tratava, fez na sua mente uma pequena confusão.
Ao escrever o texto para ser dado no noticiário, misturei a Liberty com a LA, equipa que nem sequer entrou na competição, devido a casos de dopping, como alguns se devem recordar. Este equívoco foi gerado porque, em tempos, as duas equipas eram uma só, isto é, a LA Liberty, precisamente o nome que incluí no dito texto.
Ora, como o jornalismo se quer rigoroso, digamos que, até ao fim do meu horário desse dia, fui "brutalmente" gozado pelo próprio editor. A partir desse dia, e até hoje, esse mesmo editor trata-me por "LA Liberty" e não pelo meu nome de baptismo.
Mas como eu não sou de me ficar, poucos dias depois, na última etapa da prova, apanhei-o no noticiário da 1h da manhã a pronunciar incorrectamente o nome do vencedor da volta, o espanhol David Blanco. Pois que o meu caro colega pronunciou o nome à inglesa, qualquer coisa como "Deivid Blanco", sabendo que o senhor é "nuestro hermano".
Pois que, nos dias de hoje, todos os nossos diálogos começam com a seguinte troca de saudações:
- Então, LA Liberty, tás bom?
- Ora viva, meu caro "Deivid" Blanco!
E com esta me fico por hoje. Volto daqui uns tempos. Um abraço e... TOCA A TRABALHAR!.

Síndrome de Segunda de Manhã.

"Olá, Bom dia! Esse Fim de semana?" - Pergunto eu ingenuamente.

"Foi curto." - É a resposta curta que recebo.


E a cena repete-se. Desconfio que a gravidade é maior às segundas de manhã, parece que é difícil para todos segurar os lábios num sorriso. E eu não sou imune, atenção. Compreendo perfeitamente que depois do fim-de-semana, seja ele calmo ou animado, custe voltar à rotina, a mim também me custa..naturalmente. Mas acho que, passado o trauma que parece ser o tamanho dos fins-de-semana, podemos todos sobreviver e encarar o dia com um sorriso e apenas e só como 12 horas de actividade(sim, 12 ou mais), sejam elas de trabalho ou lazer.


Ainda dizem que o tamanho não importa!