sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mãos Ocupadas + Aranha Gigante = ?

Fobia (do Grego φόβος "medo"), em linguagem comum, é o temor ou aversão exagerada ante situações, objetos, animais ou lugares.

Existem três tipos de fobia:

Agorafobia - Medo de estar em lugares públicos concorridos, onde o indivíduo não possa retirar-se de uma forma fácil ou despercebida.

Fobia Social - Medo perante situações em que a pessoa possa estar exposta a observação dos outros, ser vítima de comentários ou passar perante uma situação de humilhação em público.

Fobia Simples - Medo circunscrito diante objectos ou situações concretas.

Dentro da Fobia Simples, há cinco vertentes principais:

Animais; Aspectos do Ambiente Natural; Sangue, Injecções ou Feridas; Situações; Outros Tipos


Ora bem, assuma-se desde já que eu tenho fobia a aranhas - aracnofobia. Não, não é mariquice, até porque eu consigo lidar bem com o confronto com esta criatura, se esta for da largura de uma das minhas pestanas. Mas quando as bixas são maiorzinhas é que é pior...


Depois de um dia de trabalho algo atribulado, graças à notícia do Simulacro de Sismo em Lisboa, cheguei a casa e jantei calmamente. Subi para os meus aposentos carregando umas seis meias dobradas nas mãos. Já tinha a chave da porta na mão quando olho instintivamente para o lado e...

susto • choque • falta de ar • coração acelarado • mãos a suar • inépcia • dispraxia • incapacidade de proferir qualquer som • pensamentos a mil

Estava uma aranhona no corrimão de mármore, castanha, feiosa.
As meias saltaram-me logo das mãos e espalharam-se pelas escadas, entre apanhá-las de forma totalmente dispráxica e tentar abrir a porta em 15 tentativas, deixei de a ver. O horror. Na minha mente apenas restava um pensamento: a voz da minha mãe a dizer "tens de matá-la sozinha, tens de te desenrascar!"

Peguei no insecticida, qual pistoleira do oeste, e fui atrás do monstro. Borrifei tudo: de escadas a plantas nas imediações até às portas num raio de 5 metros. Depois fugi. Não sei se ela morreu ou não, mas espero fervorosamente que sim. Voltei a entrar ainda com o ritmo cardíaco nos píncaros e fechei a porta atrás de mim, dei uma volta ao quarto e borrifei cada cantinho. Incrível o que o medo nos põe a fazer.

Calmamente regressei à minha vidinha e esqueci o sucedido, até esta manhã. Pronta para sair, procurei as chaves, que não havia meio de encontrar. Revi mentalmente os meus passos e foi aí que *Plim* eu sabia onde tinha deixado as chaves. Abri a porta e lá estavam elas, na fechadura: do lado de fora.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Quase

Por aqui, não há cá disso, tempos mortos. Com alegria fiz a minha segunda reportagem. Estou satisfeita por me sentir mais desenvolta na redacção, conhecer mais nomes, saber que pelo menos mais três sabem o meu. Foi muito bom ver XXXXXX (nome) na primeira reportagem. Embora seja "ilegal", visto que não recebo PEVA, estou a assinar reportagens e quanto mais não seja, ocupa espaço no currículo (e no ego).
Já se passaram quase três, num estágio de seis meses. Quando me diziam que passavam tudo muito rápido, nunca imaginei que pudesse ser assim.
Vêem-se muitas caras jovens na redacção. Pelo menos três estão cá há menos de um ano. Não me digam por isso, "que não estão a contratar". Há a possibilidade de se ficar. Há a possibilidade de EU ficar? Não sei. Dúvido. E lamento. Mas continuo a trabalhar com afinco e desejo de constante superação pessoal. Não sei ainda tudo (nem perto) o que preciso de saber, mas sei que posso vingar na indústria. Só preciso de saber mais. E ter aquela estrelinha.
Como diz a música,
"Don't run away,if you know that you've got what it takes. Don't shy away. There will be tears to shed again.Time to begin, and time to end. Baby, and you say I'll be sad,but that depends."
Talvez nem precise de ficar triste.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Limites.

Há-os. E são necessários. Mas por muito que tenhamos a certeza de que nos são muito úteis, queremos sempre ultrapassá-los. Para o bem ou para o mal...
Mesmo em algo tão simples com um jogo de Bubble Trouble, há a tentação irresistível (ma vontade quase inconsciente) de bater o record anterior. E há esperança de cada vez que se recomeça um novo jogo: é outra oportunidade de ultrapassar o ponto mais alto, porque acreditamos sempre que podemos ir mais além.
O que escolhemos conscientemente é a forma como jogamos para atingir os objectivos: podemos jogar com cabeça, fazendo uso da estratégia ou da nossa veia de velhas raposas manhosas, ou jogar simplesmente por jogar. Por impulso. De qualquer maneira há sempre compensações, ora porque aquietamos a nossa mente com a certeza de que tentámos, ora porque o simples e inócuo prazer de jogar é suficiente para nos manter alerta e motivados.

Humpf... tempos mortos na agência.