Descobri hoje ao fazer mais uma transcrição que o meu cérebro não funciona mal de todo. (pois.) Quando ouço uma frase longa apanho em primeiro lugar a ideia e depois as palavras-chave. Digo isto porque muitas vezes coloco as palavras-chave em lugares aos quais elas não pertencem, mas que não alteram por isso o sentido da frase.
Ex:
O que escrevi:
"Porque o primeiro dia é sempre estranho, chegarem a um espaço complicado sem conhecerem as condições"
Correcta:
"Porque o primeiro dia é sempre complicado, chegarem a um espaço estranho sem conhecerem as condições"
Ai, fim de semana à porta e eu que nunca mais saio do estágio.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
É o que dá passar horas a transcrever entrevistas.
Publicada por Hariska às 19:12 1 toque(s) no(a) estagiário(a)
Dia 10
Cheguei ao estágio e as bosses ainda não tinham chegado, verdade é que cheguei antes das 9h - desnecessário - mas aproveitei para tomar o pequeno almoço que não fora comido em casa.
O dia de trabalho lá começou com as más notícias do costume. A que mais me escandalizou foi o facto de no Cascais Shopping, uma firma de restauração contractou uma Srª e quando lá se dirigiu, no seu primeiro dia de trabalho, foi-lhe dito "Desculpe, mas aqui não aceitamos pretas". Fiquei absolutamente agoniada com esta situação, e o mais triste é que não posso fazer nada porque o contracto apresentava uma cláusula para um período de experiência durante um mês e em tribunal poderiam alegar que a dissolução do contracto resulta desse período.
Para além disso há um caso de saúde pública perto da Quinta do Conde, onde existem cerca de 100 animais (entre cabras, ovelhas e cães) todos juntos, fechados num espaço muito reduzido e alimentam-se de outros animais que por ali perecem, sucumbindo aos maus cuidados. Isto indigna-me quase tanto como a questão que realcei anteriormente porque adoro animais e custam-me imenso estas situações. Este caso já está no entanto a ser seguido e espero que se resolva em breve. Aproveito por isso para divulgar aqui um blog que deverão consultar:
http://www.patavermelha.blogspot.com/
Para além disto tudo, um rapaz foi posto fora de casa pelo padrasto, a quem não agrada os 3 cães do rapaz. Há cerca de 3 semanas dorme num banco de jardim, na Alameda, em Lisboa. Não está disposto a desfazer-se dos cães, ou pelo menos, não sem encontrar um lar apropriado. Esta história faz-me lembrar um sem-abrigo que via muito, o ano passado e há dois anos, na Baixa da cidade. Andava sempre com seis ou sete cães, com a particularidade de que eram todos brancos (sujo). Não o vejo desde o Natal. Que será feito dele?
Sou uma pessoa optimista e vou ter de continuar a sê-lo embora seja difícil - mas inevitável - nesta profissão. O bom da minha primeira secção de estágio é saber tudo do que se passa em todo o lado. E o bom é o mau também.
Publicada por Rivka às 18:35 2 toque(s) no(a) estagiário(a)
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
A cor azul
Eu tenho um grave problema. Chama-se azul. O ecrã do meu computador assume várias vezes (durante demasiado tempo ultimamente) um tom de azul que me anda a deixar maluca. Hoje aproveitei todos os bocadinhos em que a minha orientadora não estava para me apoderar do dela e evitar ver a vida azulada. Os colegas riem-se e dizem para ir fazendo back-ups porque o computador já anda a ameaçar pifar....Eu lá vou obedecendo e esperando em segredo que dê o berro rápido!
Enfim.
Mudando de assunto, sempre soube da existência de um mito que versava sobre o início de um texto. O custoso é a primeira frase – ouvia dizer. Mas nunca o senti de forma marcada na pele. No entanto, hoje ao escrever um artigo, e depois de terminado o terceiro parágrafo, bateu-me. Não, não foi o parágrafo que me bateu. Apercebi-me de que estava a ser extremamente difícil arranjar uma forma de começar o quarto. O que é que se pode depreender disto? Que eu só começo os textos ao quarto parágrafo.
Sem mais a acrescentar...
Publicada por Hariska às 23:58 2 toque(s) no(a) estagiário(a)
Dia 9
Publicada por Rivka às 22:37 1 toque(s) no(a) estagiário(a)
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
"É o luxo em post!"
A tarde foi passada, em grande parte, a fazer uma transcrição de uma entrevista, o que me valeu 4 horas a ouvir um Chefe e ficar com os ouvidos a latejar!
Por fim, é importante referir que hoje estiveram a remodelar a escadaria. Agora temos um estrado escuro de madeira a substituir o tapete vermelho que se estendia pelas escadas de mármore.E de cada vez que descia ou subia, os dois senhores seguravam o estrado de madeira para eu pisar e passar, haja luxo! Ou se preferirem: É o luxo em escada!
Publicada por Hariska às 19:50 2 toque(s) no(a) estagiário(a)
Dia 8
Publicada por Rivka às 19:30 1 toque(s) no(a) estagiário(a)
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Palavras pequeninas
A manhã não foi lá muito agradável. A orientadora fez-me bastantes reparos num texto que eu tinha feito e custou-me um bocado - ela não foi agressiva, mas fiquei triste comigo mesma. Desiludida. Vinguei-me nas compras. Um cinto, um casaco (mangas), uma camisola e uns sapatos.
Já ao fim da tarde, em pesquisa para um trabalho sobre a baquelite, descobri uma das maiores palavras que eu já tinha visto:
polioxibenzimetilenglicolanhidrido, trata-se da junção do fenol com o formaldeido (aldeído fórmico), que forma um polímero chamado polifenol. 34 letras!
Mas depressa percebi que isto até nem era nada, a maior palavra portuguesa é:
Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, que define uma pessoa que tem uma doença pulmonar causada pela inspiração de cinzas vulcânicas. Este monstruoso vocábulo de 46 letras foi pela primeira vez registado no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa em 2001. Em segundo lugar, com 45 letras, temos a designação da mesma doença: Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose.
Num honroso terceiro lugar temos a palavra que me levou ao choro de tanto rir. Não pela sua composição em sim, mas pela definição. A Hipopotomonstrosesquipedaliofobia é uma doença psicológica que se caracteriza pelo medo irracional (fobia) de pronunciar palavras grandes ou complicadas.
33 letrinhas só para aqueles que têm medo de pronunciar palavras grandes - que é para não serem maricas! Porque nem que quisessem não conseguiriam nomear a doença de que sofrem...Agora pergunto: só eu é que acho isto incrivelmente irónico?
A palavra adorada pelo Diogo Infante está em quarto com 29 caracteres: Anticonstitucionalissimamente. E o senhor Dr. Oftalmotorrinolaringologista fica em quinto com apenas 28 letras.
Peanuts quando comparadas com a maior palavra do mundo que é inglesa e tem 189.819 letras. Sim, sim, leram bem: cento e oitenta e nove mil, oitocentas e dezanove letrinhas. É a designação química de uma proteína conhecida por Titin: comprova aqui.
Publicada por Hariska às 21:50 5 toque(s) no(a) estagiário(a)
Dia 7
Publicada por Rivka às 19:54 2 toque(s) no(a) estagiário(a)
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Só mais um.
O dia começou atribulado: dentro de um autocarro com um condutor desvairado que, pela certa, gostava de ter participado no Euromilhões Pax Rally. O ideal para acordar! Entre uma ou outra curva violenta e aquelas travagens de esfarelar neurónios, lá ia eu a ouvir músicas boa-onda de sotaque brasileiro e a tentar sobreviver.
Manhã com algum trabalho e povoada de risos e lágrimas aquando da recepção de um e-mail, aqui da Rivka, com as melhores fotos dos jogos olímpicos deste ano! Foi a gargalhada geral lá no sotão,perdão, lá na penthouse!
Entretanto tive de ligar a um senhor para validar um texto:
- Bom dia, lembra-se de mim? Queria validar o texto consigo...
Uma voz ensonada atende do outro lado:
- Ah então a minha mulher não lhe enviou as fotografias?
E eu já a ficar atrapalhada....
- Ah não, não, mas estou a ligar-lhe por outra razão...É uma boa altura para lhe ler então o texto?
Aquela voz de quem ainda está enrolado nos lençóis quentes.
- Ahhhh...não, lá p'as 16h00 pode ser?
- Sim, sim...bom dia.
E depois de acordar um Sr. com um telefonema (o que é sempre bom!), voltei ao trabalho.
Durante a tarde, lá consegui falar com o Sr. acordado e, depois disso, aconteceu uma coisa gira.
Vi a minha orientadora levantar-se e dirigir-se à garrafa de licor. Como ia a falar pensou que ninguém reparava, mas não conseguiu abrir a garrafa. Fui ajudá-la e pimba, desapareceu um centímetro do líquido.
Mais tarde vi outra colega com um copinho na mão e zás, mais uma golada no licor. É uma festa!
Qualquer dia tenho que trazer mais!
Já perto das 20h00 e quando dei por mim a escrever coisas como "conicidências" e "apadtadas", achei por bem dar o dia por terminado e vir para casa...
Publicada por Hariska às 23:35 4 toque(s) no(a) estagiário(a)
Dia 6
"Em média, os alunos das Universidades vão pagar mais 4,86 % de propinas do que no último ano lectivo"
Perante isto, UFFF! Melhor que a minha reacção, só mesmo a dos meus pais. Depois de um fim-de-semana descansado, lá chegou a 2ª-Feira, e o início da minha segunda semana de estágio. Escolas e mais escolas que, ao contrário das promessas do Governo, não abrem hoje (ou se abrem é só para dizer que vão fechar), a maior vergonha de sempre na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto que devido a um erro informático (!!!!!) se esqueceu de enviar os pré-requisitos de alguns alunos e por isso dizem não haver vagas para eles - quando têm media para entrar -, assaltos, patrões barricados, e mais e mais e mais.
Publicada por Rivka às 20:27 3 toque(s) no(a) estagiário(a)
domingo, 14 de setembro de 2008
Impossível não sorrir! (Post de Domingo)
Deolinda - Fado Toninho
É o remédio perfeito para as pontadas de tristeza/aborrecimento que se possam sentir em fins-de-semana solitários! A voz da Ana Bacalhau é deliciosa, o ritmo é divertidíssimo!
E agora trabalhar a ouvir isto? AHAHAHAH
Publicada por Hariska às 13:44 2 toque(s) no(a) estagiário(a)